23 fevereiro 2009

Tem iPhone nos negócios

Tem iPhone nos negócios

Fonte: http://info.abril.com.br/professional/mobilidade/tem-iphone-nos-negocios.shtml – by Max Alberto Gonzales, de INFO Online

Divertido e elegante, o iPhone foi recebido, inicialmente, como um dispositivo de uso essencialmente pessoal. Mas não demorou para que o mundo corporativo descobrisse o potencial do smartphone para os negócios. Na App Store, a loja online de programas da Apple, já há cerca de 300 aplicativos classificados como de negócios. Grandes produtores de software, como Oracle, Citrix e IBM vêm investindo no desenvolvimento de aplicativos para essa plataforma, que ganha aceitação crescente em empresas de todos os tamanhos.

A Citrix, por exemplo, trabalha no chamado projeto Braeburn (o nome é de uma variedade de maçãs). Seu objetivo é desenvolver uma versão do Citrix Receiver para o iPhone. Previsto para ser lançado até junho, o programa permitirá que o usuário use o iPhone para controlar seu micro com Windows a distância. Ele vai poder rolar as janelas com os dedos, acionar o zoom com movimentos de pinça e usar o teclado virtual como acontece nos programas do smartphone. Assim, será possível usar, a distância, qualquer aplicativo de negócios que esteja instalado no PC.

Apesar de o produto ainda não estar finalizado, ele vem despertando enorme interesse entre os clientes da empresa. “O blog sobre os aplicativos que desenvolvemos para o iPhone é, de longe, o mais visto em nosso site”, diz Chris Flack, vice-presidente de desenvolvimento de soluções da Citrix.

No caso dos aplicativos que podem ser acessados via web, não é preciso fazer grandes modificações para que possam ser acionados por meio do navegador Safari, presente no iPhone. A divisão Lotus, da IBM, por exemplo, transformou sua suíte de produtividade Lotus Notes no iNotes, para o iPhone. Além disso, atualizou seu servidor de correio Lotus Domino com interfaces para o smartphone da Apple e para outros dispositivos móveis, como o BlackBerry, da RIM. “Nossa estratégia é fazer nosso serviço de colaboração disponível numa variedade grande de aparelhos”, diz Ricardo Rossi, gerente da divisão Lotus da IBM Brasil. “E foi muito simples. Foi só adaptar o sistema para o Safari”, afirma ele. O iNotes foi liberado para os usuários em agosto.

Na telinha do iPhone, o iNotes se abre com rapidez. O usuário pode saber quais contatos estão online, consultar calendários, documentos e bases de dados. Isso se traduz em produtividade para o usuário, que pode acessar as informações em qualquer lugar onde haja uma conexão Wi-Fi ou 3G. A única ressalva é que a telinha compacta do smartphone exige alguma prática ao visualizar grandes quantidades de informação. É preciso usar o zoom e observar os dados em partes.

Mais do que ações
A Oracle também desenvolveu soluções que permitem o acesso a seus aplicativos em sistemas operacionais móveis como Symbian, BlackBerry e iPhone. “É preciso oferecer mais do que consulta a ações”, diz Lenley Hensarling, vice-presidente do grupo Enterprise One da Oracle, sediado em Redwood Shores, na Califórnia. O interesse partiu dos próprios clientes, afirma ele.
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Uma das primeiras aplicações para iPhone lançadas pela empresa foi o Oracle Approval for Sales Manager, que aprova operações de compra e venda. “O executivo pode usar o iPhone para consultar as informações e aprovar uma transação antes de voltar ao escritório”, diz Hensarling. A prioridade da Oracle é transportar os aplicativos de tomada de decisão para o iPhone, como uma versão do Oracle Business Indicators, que acessa até 5 mil métricas.

Prova de conceito
Na SAP, os aplicativos para iPhone estão em fase de prova de conceito. Alguns clientes da empresa já estão fazendo testes com eles. A empresa prevê lançar no segundo trimestre deste ano, as primeiras versões de seus produtos para o smartphone. “Com 3G é mais fácil trabalhar com aplicativos online”, diz Javier Flores, diretor de desenvolvimento de negócios da SAP América Latina. Para ele, se os processos de negócios estão documentados e já fazem parte de um aplicativo, é só uma questão de fazer o código para o ambiente móvel.

A SAP já lançou uma versão de seu CRM para o BlackBerry no fim de 2007. O executivo faz um telefonema para um novo cliente, e o CRM oferece um menu para cadastrar e documentar o contato comercial. O BlackBerry é sincronizado com o CRM da empresa em tempo real. “As empresas dão BlackBerry aos funcionários. O aparelho da RIM é mais presente no ambiente corporativo”, diz Flores. O iPhone ficou para depois.
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Uma pesquisa feita por Chris Flack, em seu blog no site na Citrix, aponta que 36% dos CIOs se guiam pelos critérios de demandas de negócios, retorno do investimento e conformidade com as normas legais. Já critérios como a produtividade e o desejo dos usuários são privilegiados por apenas 21% dos CIOs. Isso explica, por exemplo, a decisão da CA de não criar, por enquanto, versões de seus aplicativos para o iPhone. Embora o aparelho esteja no topo da lista de desejos dos usuários, ele não está tão bem posicionado em outros critérios de avaliação.

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